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  • Engenheiro Químico desde 2016. 

  • Formado em Engenharia Química, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) 

 

1.O que lhe motivou a fazer o curso de Engenharia Química?

R.: Cursei 1 ano e meio de técnico em informática quando adolescente, entretanto, não cheguei a concluir o curso. Trabalhei em supermercado quando tinha 18 anos, onde comecei como telefonista de atendimento e cuidando das câmeras de vigilância, e no decorrer, vim a exercer outras atividades, vindo posteriormente a virar gerente do estabelecimento. Foi uma época de muito trabalho e aprendizado, principalmente sobre gestão de negócios e pessoas.

Química, física e biologia sempre foram uma paixão. Pensava em fazer engenharia, e como tenho paixão por química, Engenharia Química foi a minha escolha, mesmo sem entender na época, totalmente/completamente o que um Engenheiro Químico fazia.

  

2. Em qual empresa você realizou estágio?

 

R.: BRF. Fui Supervisor Trainee na Brf em Paranaguá/PR, na fábrica de margarinas.

 

3. Qual a missão, visão e valores da empresa? Como elas refletiram no seu trabalho?

R.: A Brf tem a missão de alimentar o mundo, se preocupando cada vez mais com a sustentabilidade, o bem-estar dos funcionários e das comunidades onde está inserida. A companhia tem seus atributos de valor, os quais são: Amor de Dono; Épra Já; Inconformismo Positivo; Fome de Performace; Vida Saudável; Fazendo Juntos; Inspirados pelo Consumidor. Estes atributos bastante refletem minha personalidade, ao passo que refletem o perfil que a empresa espera de seus colaboradores.

Os valores de Inconformismo Positivo, Fome de Performace e Fazendo Juntos foram os que mais espelharam meu trabalho. A busca da melhoria continua junto com a equipe foi sempre o objetivo e o caminho a ser trilhado.

 

4. Como é a hierarquia entre os estagiários e os funcionários da empresa?

R:  A hierarquia obedece uma hierarquia comum, entretanto, de uma relação com muita amizade e companheirismo com os superiores, assim como todos os outros cargos.

A empresa possibilita o crescimento de responsabilidades conforme demonstração de competências.

5.​Quais os pontos positivos e negativos de se trabalhar na indústria? 

R: A indústria é um ambiente de sistemas complexos, o que possibilita um aprendizado imensurável, tanto de conhecimento técnico e cientifico, como de gestão de resultados e relacionamento interpessoal e profissional. A possibilidade de crescimento profissional é um chamativo muito grande. Os desafios são contínuos e diários, sempre demandando uma evolução e uma Fome de Performace continua, estar acomodado, realmente não faz o lema de uma indústria.

Os pontos negativos podem ser o excesso de demanda e o estresse, caso a pessoa não seja tranquila para lidar com situações de pressão e agilidade, pode vir a se tornar um problema de saúde.

 

6. Quais foram as maiores dificuldades encontradas para a sua inserção no mercado de trabalho?

 R.:Dificuldades de horário para realizar um estágio. Atualmente, a disputa e a concorrência por vagas de estágio em engenharias estão altíssimas, e necessitamos ter paciência para aguardar o momento certo de estagiar, após ter feito uma quantidade de disciplinas suficientes para termos tempo hábil para isso. Para vagas mais concorridas, desejam-se sempre estudantes com experiências em outras industrias, e isso, eu não tinha. Nessa situação que temos que ser convincentes e mostrar o que de bom podemos trazer, mesmo sem ainda experiência prévia.

 

7.Quais habilidades aprendidas na sua graduação foram úteis e quais foram aprendidas durante o seu estágio?

 R.: Tudo o que eu aprendi na universidade, mas completamente tudo, foi de valia no dia-a-dia de trabalho. Posso dizer com toda a certeza, que a UTFPR-PG passa para seus graduandos um conhecimento técnico e cientifico excelente, e que não deixa nada a desejar na parte do conhecimento cientifico.

            Por outro lado, pelo menos para mim, a qual fui Supervisor Trainee, demandou-me muito de relações pessoais, pois necessitei supervisionar e liderar uma equipe de 35 operadores, logo, o “molejo”, o “jogo de cintura” e a pró-atividade foi o que mais tive que ter para resolver os problemas do dia-a-dia, e isso, somente o a rotina diária profissional e vida ensinam.

 

8.Você se preparou de alguma forma diferente para os processos seletivos de estágio? Teria alguma dica para compartilhar?

 R.: Procurei sempre fazer o máximo de provas online possíveis, justamente para treinar ao máximo. Recomendo estar em dia e ter bom conhecimento de inglês e redação, pois estão sendo, sem dúvidas, um diferencial muito grande nos processos seletivos.

 

9.Na sua opinião, o que poderia ser mudado ou inserido na graduação para melhoria do curso de Engenharia química, ou que outras atividades extracurriculares você acredita que os acadêmicos devem buscar?

 R.: Acredito que devemos nos preocupar em buscarmos uma melhoria continua para o curso, não pode existir fim para as melhorias.

Eu recomendaria melhorar as relações pessoais de uma maneira em geral. As provas são e vão continuar sendo extremamente importantes, mas trabalhos em grupo/duplas são de suma importância, para se aprender cada vez mais a se trabalhar com outras pessoas em assuntos técnicos e variados. No dia-a-dia da indústria, necessita-se muito desse saber trabalhar em equipe, e também, de defender a sua ideia perante a pessoas/chefes de mais conhecimento. Eu classifico trabalhos de altíssima importância para uma boa formação durante a graduação.

Toda e qualquer atividade extracurricular é extremamente importante. O dia-a-dia de aula acaba nos “bitolando” muito no mundo de conhecimento técnico, e necessitamos também de atividades que nos ponham em outros tipos de situações. Recomendo muito Iniciação Cientifica, competições, trabalhar em alguma empresa e trabalhos voluntários.

 

10.Para finalizar, que recado você gostaria de deixar aos futuros estagiários da UTFPR?

 R.:“ Sejam firmes na luta diária, pois depois da graduação continua a mesma correria. A graduação somente prepara para o que há de vir! ”

Se aperfeiçoem ao máximo em conhecimento cientifico, línguas e gestão, e procurem todo tipo de experiência que possa agregar valor as aptidões profissionais e pessoais.

 

 

 

Entrevistadora: Thais Guimarães Alves 

Publicado em: 28 de março de 2017.

 

 

Eriton Cácio Rufino Seára

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