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  • Estagiária da Johnson & Johnson

  • Graduanda de Engenharia Química na Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

1. Conte um pouco quem é você (nome, idade, ano que ingressou no curso, motivo que te fez escolher engenharia química, experiências acadêmicas (CAEQ, SAEQ, intercâmbio, PET, projetos de pesquisa ou extensão...)).

R: Natália Assis, 24 anos, ingressei na UTF em 2011/1. Escolhi Engenharia Química pois sempre gostei de exatas e esse curso foi o que mais me chamou a atenção. Durante o curso fiz intercâmbio Ciência sem fronteiras no Canadá durante 1 ano e 4 meses. Participei acredito que de 4 SAEQ’s. Fui tutora voluntária de inglês avançado no programa “Na ponta da língua” durante 2 semestres.

  

2. Qual empresa você realiza estágio? Qual sua área de atuação no estágio? Conte-nos um pouco das suas atividades.

R: Johnson & Johnson.Setor de Engenharia da Qualidade da Medical Johnson & Johnson. Sou responsável pela qualidade da área de esterilização de suturas médicas. Auxilio uma analista que é responsável por essa área e somos responsáveis por manter as normas do site atualizadas com as ISO’s e normas da franquia, escrever procedimentos, validar documentos, instruir e autorizar medidas corretivas e preventivas quando alguma variável do processo não foi atendida, realizar relatórios de tendência da área de esterilização, suporte em projetos, garantir que testes estabelecidos pelas ISO’s estão sendo atendidos, auxílio em auditorias internas e externas, etc.

3. Como é o seu relacionamento com os operadores, funcionários e gerentes?

R: A cultura da J&J é de respeito para com todos os funcionários e todos são tratados igualmente. A empresa possui um credo que é estampado em todos os locais (caso tenham curiosidade, vocês podem procurar por Credo da Johnson&Johnson) e ele deve ser seguido à risca. Então são todos muito solícitos, sempre estamos ajudando uns aos outros e são muito sinceros uns com os outros caso temos algum problema de relacionamento para manter um ambiente de trabalho mais aberto. Os feedbacks são constantes (positivos e negativos), assim ajuda-nos a evoluir. A sala onde trabalho tem todos os responsáveis pela qualidade e não há divisórias. Estamos em contato o tempo todo para que a informação seja transmitida mais rapidamente. Inclusive o gerente e os supervisores ficam localizados com a gente. Os operadores e responsáveis por outros setores sabem da importância de cada área, então a maioria colabora muito bem. Sempre é claro existe um ou outro que é mais resistente à mudança, mas isso deve ser tratado aos poucos. Em geral o relacionamento é bom e saudável, a gente aprende bastante com as outras áreas e com os operadores.

 

4. Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no seu estágio?

R: A maior dificuldade foi aprender o funcionamento do processo de fabricação de agulhas e suturas que é muito complexo. Além disso, aprender a conciliar o tempo das milhares de tarefas que temos que entregar no dia a dia com os imprevistos que apareciam do nada. Pelo menos para mim ainda é muito frustrante quando eu planejo minhas tarefas do dia e no final não consigo fazer nada daquilo.

5.​Quais habilidades foram úteis ou aprendidas durante o estágio? 

R: Relacionamento, gestão do tempo e de tarefas, treinamentos, aprender a priorizar, aprender seus limites, o inglês é muito importante (as normas são em inglês e a maioria deve ser traduzida por nós, calls com os responsáveis pelo setor nos EUA), saber um pouco sobre as ferramentas da qualidade, etc.

 

6. Quais os pontos positivos e negativos de se trabalhar na indústria?

R: Positivos: rede de networking muito grande, muitas oportunidades de se desenvolver em várias áreas, aprendizado constante devido a imprevistos ou projetos que nos fazem buscar por novas soluções, reconhecimento por conquistas.

Negativos: ambiente geralmente estressante por conta de prazos, muitas tarefas a serem desenvolvidas ao mesmo tempo, a maioria das vezes você depende da tarefa dos outros para você poder completar a sua.

 

7.Quais foram as maiores dificuldades encontradas para a sua inserção no mercado de trabalho?

R: Muitas etapas nos processos seletivo, dificuldade de se destacar, muitas empresas nem mesmo entravam em contato ou davam a chance para me conhecer melhor.

8.Para você, o que um engenheiro pode esperar do futuro da profissão? O que as empresas esperam dos engenheiros químicos?

R: Pelo que vejo dentro da J&J o engenheiro tem que estar cada vez mais preparado para gerir pessoas e aprender a trabalhar com fluxos complexos de produção do começo ao fim. Os engenheiros químicos são inseridos nas mais diversas áreas e a química é a menor das preocupações. Os engenheiros químicos estão nas áreas de qualidade, produção, engenharia e desenvolvimento, laboratórios, compliance, planejamento, etc Portanto, é importante que estejamos aptos a nos moldar nas mais diversas áreas, tudo vai depender das suas preferências e habilidades.

9.Você acha importante que o aluno de Engenharia Química, durante o curso, já preste trabalhos à sociedade, realize pesquisas ou participe de alguma atividade extracurricular?

R: Com certeza. O que puder ser feito para ajudá-lo a desenvolver comunicação e cursos que possam acrescentar conhecimento e enriquecimento de currículo, não apenas vai ajudá-lo a se destacar para conseguir um bom emprego, mas vai também ajudá-lo a se desenvolver mais rapidamente no ambiente de trabalho.

 

10. O que poderia ser inserido na graduação para melhoria do curso?

R: Mais matérias sobre gestão da produção, aprofundamento em gestão de pessoas, matérias interdisciplinares, aprofundamento em softwares (Minitab, Excel).

11. Para finalizar, que recado você gostaria de deixar aos futuros Engenheiros Químicos?

R: Aproveite tudo o que a universidade tiver a oferecer. Quando for participar de processos seletivos, seja você mesmo, não tente aparecer demasiadamente, deixe as pessoas falarem, dê sua opinião mas respeite as outras. Numa entrevista, esteja preparado para as perguntas, tenha exemplos para tudo (se você for falar sobre suas virtudes, dê um exemplo real sobre como uma delas te ajudou). Caso tenham alguma curiosidade ou dúvida, podem entrar em contato: nanassis@hotmail.com.

Entrevistadora: Thais Guimarães Alves 

Publicado em: 04 de outubro de 2017.

Natália Assis

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